quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Começo humilde, final grandioso

Disse mais: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra. Marcos 4:30, 31
Telêmaco era um eremita. Mas um dia algo lhe disse que ele devia ir a Roma. Ele saiu do deserto e foi. Embora Roma fosse uma cidade nominalmente cristã, havia jogos em que os gladiadores lutavam até que um deles morresse. A multidão vibrava, com sede de sangue.

Telêmaco foi assistir a uma dessas lutas. Oitenta mil pessoas estavam no estádio. Ele ficou horrorizado. Os gladiadores que estavam se matando também não eram filhos de Deus? Ele saltou da arquibancada para dentro da arena e se colocou entre os gladiadores. Foi empurrado para o lado, mas voltou. A multidão ficou irada e começou a apedrejá-lo. Mas ele continuou se interpondo entre os lutadores.
Então o prefeito de Roma emitiu uma ordem e uma espada resplandeceu ao Sol. Num instante, Telêmaco estava morto. Os espectadores silenciaram. De repente a multidão entendeu o que havia acontecido: um homem santo havia morrido. Algo extraordinário ocorreu naquele dia em Roma: as lutas entre gladiadores foram suspensas. Através de sua morte um homem deu início a um movimento que extirpou do império uma prática criminosa.

Grandes realizações começam com uma ideia. Uma reforma começa com um homem. A parábola do grão de mostarda nos ensina que o reino de Deus começa pequeno, mas terminará como uma árvore frondosa que abriga muitas nações. No Antigo Testamento, uma das figuras mais comuns para representar um grande império é a de uma grande árvore, e as nações súditas como aves que se aninham nos seus ramos (Ez 31:3, 6).

“Jesus não poderia ter escolhido uma figura melhor do que o insignificante grão de mostarda para ilustrar a maneira como o reino de Deus opera na mente de pessoas não regeneradas. Os líderes judaicos olhavam com desprezo para a multidão heterogênea que ouvia Jesus, especialmente os poucos pescadores e camponeses iletrados que se assentavam ao Seu lado. Eles concluíram que Jesus não podia ser o Messias, e que o ‘reino’ que Ele proclamava nunca daria em nada” (SDA Bible Commentary, v. 5, p. 409).

Mas eles se enganaram, pois o reino de Deus cresceu e continuará crescendo até atingir o mundo todo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Deixando as sombras para trás


Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo. Filipenses 3:13, 14

Quando Alexandre, o Grande, tinha 19 anos, foi certa vez assistir a um rodeio com seu pai, Filipe II. E notou que ninguém conseguia montar um dos cavalos. Todos os cavaleiros eram jogados ao chão. Finalmente, Alexandre disse ao pai: “Gostaria de ter sua permissão para montar aquele cavalo. Acho que consigo.”

O pai, embora hesitante, deu-lhe permissão e Alexandre desceu à arena, colocou a mão sobre o elegante garanhão negro, virou-lhe a cabeça na direção do Sol e montou-o. Cavalgou nele em volta do estádio, parou, desmontou e o amarrou num poste. A multidão se pôs em pé para aplaudi-lo.

Quando Alexandre voltou para junto de seu pai, que estava na galeria real, Filipe lhe perguntou: “Filho, como é que você conseguiu fazer isso?” Alexandre respondeu: “Foi simples, pai. Eu apenas virei a cabeça do cavalo para o Sol, de modo que ele não ficasse assustado com minha sombra. Com a sombra atrás dele, o cavalo não ficou com medo de mim.”

Alexandre mais tarde relembrou que seu mestre, Aristóteles, lhe dissera: “Mantenha sempre sua sombra atrás de você, e conquistará o mundo.”

Paulo não era nenhum iniciante quando escreveu a epístola aos Filipenses. Já era idoso e havia alcançado uma experiência espiritual bem mais rica do que a maioria dos cristãos. Mas ainda assim ele reconhecia não ter alcançado a perfeição. E esquecendo-se das coisas passadas, ele mantinha os olhos fitos em seu alvo: Cristo.

Nós também não devemos nos culpar porque ainda não atingimos o alvo. Seremos culpados se não prosseguirmos e nos acomodarmos com as realizações passadas.

Algumas pessoas olham para o Oeste, lamentando o Sol poente. Outros contemplam o nascer do Sol, animados com os primeiros clarões da alvorada. É melhor olhar para a frente, para o caminho que precisamos trilhar, do que olhar para o caminho já percorrido.

Como cristãos, devemos manter as sombras e fracassos do passado atrás de nós e virar o rosto na direção do Sol da Justiça. Os olhos precisam preceder os pés. Se nosso olhar não estiver nEle, os pés se desviarão.


BOM DIA E FELIZ SÁBADO !!!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um cego ou dois?

Aconteceu que, ao aproximar-se Ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Lucas 18:35

Os Evangelhos foram escritos por homens que testemunharam o que Jesus fez e disse. E há pequenas discrepâncias nos seus relatos. Lucas, por exemplo, diz que quando Jesus Se aproximava de Jericó, um cego estava assentado à beira do caminho (Lc 18:35). Mateus, porém, diz que quando eles estavam saindo de Jericó, havia dois cegos à beira do caminho (Mt 20:30).

Marcos e Lucas falam de um endemoninhado geraseno (Mc 5:2; Lc 8:27), enquanto Mateus menciona dois (Mt 8:28). Marcos diz que antes que o galo cantasse duas vezes, Pedro negaria a Jesus três vezes (Mc 14:30). Mateus diz apenas “antes que o galo cante” (Mt 26:34). Os quatro evangelistas também divergem no tocante à inscrição sobre a cruz, acima da cabeça de Jesus (ver Mt 27:37, Mc 15:26, Lc 23:38, Jo 19:19).

Para os incrédulos essas divergências são uma prova de que esses relatos não são confiáveis e, consequentemente, não inspirados. Mas um exame meticuloso desses fatos atesta justamente o contrário, pois duas testemunhas do mesmo incidente, ao descreverem o que viram ou ouviram, dificilmente apresentarão versões coincidentes em todos os seus detalhes. Se isto acontecesse, haveria maior desconfiança de que ambas “fabricaram” a história de comum acordo do que se houvesse pequenas discrepâncias, pois a experiência demonstra que duas pessoas nunca enxergam o mesmo evento exatamente da mesma maneira.

As diferenças mostram que não houve conluio entre os autores, e que eles relataram, independentemente, o que mais impressionou a mente deles no tocante à vida e ensinos de Cristo. Os evangelistas escreveram em momentos diferentes, em lugares diferentes, os seus relatos ligeiramente diferentes. Além disso, Cristo falava aramaico, e os evangelhos foram escritos em grego. Dois tradutores, ao traduzirem o mesmo texto, se expressarão em linguagem diferente, segundo o seu estilo. No entanto, pode-se ver harmonia e unidade no que escreveram.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16). O seu poder transformador na vida de homens e mulheres atesta sua origem divina.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Nosso Verdadeiro Lar"

Recentemente foi lançado um filme nacional baseado na obra psicografada de Chico Xavier: “Nosso Lar.” Estima-se que foram gastos nas filmagens milhões de reais, centenas de metros de cabos, fios e tubos. Além de máquinas, painéis e outros materiais que justificam o título de superprodução. Li várias sinopses e observei atentamente relatos de pessoas que assistiram ao filme no cinema. Mais uma vez se confirma o poder dos recursos audiovisuais na crença e na conversão das pessoas à ideia não bíblica da alma imortal. O filme prega claramente a possibilidade de “acertos” pós-morte e uma vida perfeita num fictício “Céu” denominado de Nosso Lar.

É de estranhar o aparente interesse cada vez maior da mídia por temas espiritualistas. A Rede Globo de televisão colocou recentemente no ar a novela “Escrito nas Estrelas” e a minissérie “A Cura”. Ambas produções espiritualistas. A última mostrando a operação de “grandes sinais e prodígios” (Mateus 24:24) na cura de doenças.

No entanto, como adventistas do sétimo dia, nada desse estranho interesse espiritualista da mídia é de surpreender. Apocalipse 16:13 e 14 nos alerta sobre três espíritos imundos que saem da boca do dragão, e Ellen White escreveu, no livro O Grande Conflito, página 588: “Mediante os dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - Satanás há de enredar o povo em suas malhas.”

Na mesma página, lemos palavras tão atuais, como se a profetisa estivesse sentada em frente à propaganda da minissérie “A Cura”, ao escrever: “Por meio do espiritismo Satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando as doenças do povo e pretendendo apresentar um novo e mais elevado sistema de fé religiosa.”

A Bíblia é clara quanto ao tema: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento” (Eclesiastes 9:5).

“Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão” (Eclesiastes 3:19, 20).

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9:10).

Além desses versos, dezenas de outros estão distribuídos por toda a Bíblia para que o estudante sincero possa aprender que (1) somos mortais; (2) nossas decisões em vida são únicas e têm consequências eternas; e (3) a morte é um sono que acabará apenas com a glória majestosa da vinda de Jesus, quando Ele vai nos levar ao nosso VERDADEIRO lar (1 Tessalonicenses 4:16).

Muitos jovens adventistas serão tentados a assistir por curiosidade esse “sucesso” brasileiro cheio de efeitos cinematográficos, mesmo que não tenham dado prestígio semelhante a outros produtos nacionais. Meu conselho é: Fuja dessa tentação!

Quem me conhece sabe que não gosto de sensacionalismo nem de falsos reavivamentos. Porém estou certo de que Jesus está muito perto de voltar e Satanás deseja enganar a todos quantos seja possível. O caminho mais seguro diante disso é escutar as sábias e inspiradas palavras de Deus: “Sejam cautelosos no que se refere ao que leem e a como ouçam. Não tomem o mínimo interesse em teorias espiritualistas” (Ellen G. White, Medicina e Salvação, p. 101, 102).

Levando os membros a entrar em contato com essas teorias, Satanás traz terríveis consequências para a igreja de Deus: dúvidas a respeito de assuntos espirituais; não entendimento ou aceitação da ideia de alma ou espírito imortal; confusão e suspeita de que o Espírito de Deus na Bíblia é a alma do Pai atuando no mundo; membros fraquejando e duvidando da necessidade de tomar decisões definitivas quando o Espírito Santo toca o coração; e até dificuldades no trabalho evangelístico.

Enfim, “Nosso Lar” tem o propósito máximo de nos “enganar, destruir e roubar” (João 10:10) a chance de vivermos um dia em Nosso Lar Eterno.

Querido amido, não seja enganado! Fique vivo! Se prepare para nosso VERDADEIRO lar.

(Pastor Rafael Stehling de Oliveira, distrital em Nova Lima, MG)

(Texto extraído: www.criacionista.blogspot.com)

A importância do louvor

Cantar, apenas por cantar, não tem importância nenhuma. Agora, quando se canta e a intenção é transmitir paz, alegria, conforto, aí a importância existe. Notamos que sempre tem alguns cantores que expressam de várias maneiras. Alguns cantam apenas por obrigação, pois foi convidado. Já outros, cantam com sentimento, querendo mesmo levar a mensagem aos ouvintes.
O louvor tem que ser transmitido de forma simples, mas objetiva. Temos que cantar e fazer com que a mensagem chegue ao coração da pessoa. Temos que cantar e fazer com que a mensagem leve a pessoa mais perto de Deus. Temos que cantar e fazer com a mensagem leve a pessoa mais perto do Céu.
É tão bom cantarmos e olharmos as pessoas sentindo o poder de Deus. Fecham os olhos e a expressão delas nos dá a entender que Deus está dando um abraço bem forte e dizendo que nunca irá desampará-lo. É essa sensação que queremos sentir.
Quando isso acontece, também somos abraçados por Deus. Sentimos que Ele está do nosso lado, colocando a melodia correta, a letra certa, pra transmitir a Sua mensagem.
Vamos cantar pra Deus!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Milagre no Metrô - parte 2

Muitas graças darei ao Senhor com os meus lábios; louvá-Lo-ei no meio da multidão. Salmo 109:30

“Durante toda a conversa, parecia haver algo de familiar nesta história. Uma jovem senhora que eu conhecera recentemente na casa de amigos também era de Debrecen. Ela estivera em Auschwitz e de lá havia sido transferida para trabalhar em uma fábrica de munição.
Seus parentes morreram todos nas câmaras de gás. Mais tarde, foi liberta pelos americanos e veio aos Estados Unidos no primeiro navio de imigrantes, em 1946.

A história dela me comoveu tanto que resolvi anotar seu endereço e telefone, com o intuito de convidá-la para conhecer minha família, e assim ajudar a aliviar o terrível vazio de sua vida.

Parecia impossível haver qualquer conexão entre essas duas pessoas, mas, ao me aproximar de minha estação, folheei ansioso minha agenda de endereços. Então lhe perguntei se o nome de sua esposa era Marya.

Ele empalideceu. “Era! Como sabe?”

Agarrei-o pelo braço, descemos na estação seguinte e procuramos um telefone. Disquei o número dela, o telefone chamou várias vezes e, por fim, Marya Paskin atendeu.

Apresentei-me e lhe pedi para descrever seu marido. Ela o descreveu e quando lhe perguntei se já havia morado em Debrecen, ela me deu o endereço. Pedi-lhe que aguardasse na linha, me virei para Paskin e perguntei: “Você e sua esposa moravam em tal e tal rua?”

Ele tremia todo e disse que sim. “Tente se manter calmo, pois um milagre está para acontecer com você. Pegue o telefone e fale com sua esposa!”

Seus olhos brilhavam em lágrimas. Pegou o telefone, ouviu por um momento a voz da esposa, e então disse: “Aqui é o Bela! Aqui é o Bela!” e começou a balbuciar histérico.

Peguei o telefone de suas mãos e disse a Marya: “Fique onde está. Estou enviando seu marido a você.”

Bela chorava como um bebê e não parava de repetir: “É minha esposa. Vou ver minha esposa!” Pensei em acompanhá-lo, mas depois achei que não seria um momento próprio para a presença de um desconhecido. Coloquei-o num táxi, dei o endereço de Marya ao motorista, paguei a corrida e me despedi.

O encontro de Bela Paskin com a esposa foi um momento tão comovente que eles não conseguiam se lembrar do que aconteceu. Mais tarde, Marya me disse que quando desliguei o telefone, ela foi se olhar no espelho para ver se os seus cabelos já estavam grisalhos. E então um táxi parou à porta de sua casa e seu marido veio em sua direção.

Teria sido tudo isso uma incrível sucessão de acasos e coincidências, ou Deus interferiu para que esse casal se reencontrasse? (Paul Deutschman)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Milagre no Metrô - parte 1

Rendam graças ao Senhor por Sua bondade e por Suas maravilhas para com os filhos dos homens! Salmo 107:15

Na manhã do dia 10 de janeiro de 1948 o húngaro Marcel Sternberger entrou no trem habitual das 9h09, em Long Island, Nova York. De repente, decidiu visitar Laszlo Victor, um amigo húngaro que morava no Brooklyn e estava doente. Assim, no Parque Ozone, Sternberger trocou de metrô para ir ao Brooklyn, foi à casa de seu amigo e ficou lá até o meio da tarde. Depois tomou o metrô para seu escritório na Quinta Avenida, em Manhattan. A seguir, a incrível história de Marcel.

“O vagão estava lotado e não parecia haver a menor chance de eu me sentar. Mas quando entrei, um senhor sentado perto da porta levantou-se subitamente para sair e eu tomei seu assento.

Os traços do homem à minha esquerda me chamaram a atenção. Ele provavelmente beirava os 40 anos, e quando levantou o olhar, parecia haver em seus olhos uma expressão de dor. Ele lia um jornal húngaro e algo me compeliu a dizer-lhe em húngaro: “Espero que não se importe se eu der uma olhada no seu jornal.”

O homem pareceu surpreso por alguém falar com ele em sua língua nativa. Mas apenas respondeu educadamente: “Pode lê-lo agora. Terei tempo mais tarde.”
Durante a meia hora que durou a viagem à cidade, conversamos muito. Ele se chamava Bela Paskin. Era estudante de direito quando começou a II Guerra Mundial, e então os alemães o enviaram à Ucrânia. Foi capturado pelos russos, que o forçaram a trabalhar enterrando alemães mortos. Depois da guerra, ele andou centenas de quilômetros a pé até chegar a sua casa em Debrecen, uma grande cidade no leste da Hungria.

Quando foi ao apartamento onde antes moravam seus pais e irmãos, só encontrou estranhos morando lá. Foi então ao segundo andar, ao apartamento que antes era seu e de sua esposa. Também estava ocupado por estranhos. Ninguém ouvira falar de sua família. Ao sair, cheio de tristeza, um garoto correu até ele chamando: “Tio Paskin, tio Paskin!” A criança era filho de seus antigos vizinhos.

Ele foi à casa do garoto e conversou com seus pais, os quais lhe contaram que os nazistas haviam levado sua esposa e toda a família dele para Auschwitz, onde morreram. Paskin perdeu as esperanças.

Poucos dias mais tarde, triste demais para permanecer na Hungria, saiu novamente a pé, cruzando fronteira após fronteira até chegar a Paris. Conseguiu imigrar para os Estados Unidos apenas três meses antes de eu conhecê-lo.”

Leia o restante da história amanhã.